“Precarização do trabalho dos professores e professoras da educação básica no estado de Mato Grosso”

O projeto de Extensão A Geografia das ações políticas de enfrentamento à COVID- 19 em Mato Grosso, do Departamento de Geografia, do Instituto de Geografia, História e Documentação – IGHD, em parceria com o Grupo de Trabalho de Educação da AGB Cuiabá, realiza no próximo dia 17 (quinta-feira) a partir das 18h sua primeira Live, transmitida no Canal YouTube da AGB-Cuiabá (https://www.youtube.com/channel/UC3P87nRCNGjbReK9lssPx4A?view_as=subscriber).

Neste debate, contaremos com os professores da rede básica de ensino do Estado de Mato Grosso, Adriana Cândido, Bruno Raphael Teixeira Chico e Edzar Allen com intuito e debater a “Precarização do trabalho dos professores e professoras da educação básica no estado de Mato Grosso”, tendo como mediadora do debate, a Profa. Dra. Silvia Fernanda Cantóia, do Departamento e Programa de Pós-Graduação em Geografia.

O projeto de extensão conta com um coletivo de pesquisadoras e pesquisadores, entre docentes, discentes e professoras e professoras da rede básica de ensino, assim como, a AGB-Cuiabá e o CAGEO-UFMT. Tendo como objetivo trazer a luz o embate político entre o direito à vida e a economia nesse momento de pandemia provocada pelo surto do novo coronavírus, causador da Covid-19. Entende-se que, esse embate se reflete em ações políticas, expressas por meio de leis, decretos, portarias e outros instrumentos legais, dos diferentes poderes governamentais e que afetam diretamente a sociedade. 




NOTA DE REPÚDIO


A Associação dos(as) Geógrafos(as) Brasileiros(as) (AGB) - Seção Local Cuiabá-MT, entidade que representa os geógrafos, professores e estudantes de geografia se manifesta publicamente contra a fala do governador Mauro Mendes ao questionar a credibilidade dos dados das pesquisas realizadas  pelos Departamentos de Geografia e de Matemática e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A AGB Cuiabá se solidariza com todos coordenadores de pesquisas, pesquisadores, alunos e professores que tem o compromisso com a ciência e em tempos como estes, de negacionismo cinetífico, demarcam o lugar e a luta da ciência, no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
As pesquisas científicas não partem de “previsões”, conforme afirmou o governador, alegando que a “Mãe Dináh tá acertando mais do que muitos que ousaram fazer essas previsões”. As pesquisas realizadas pelos realizadas pelos Departamentos de Geografia, de Matemática e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), partem do compromisso com a vida e com sociedade e tem demonstrado  que  a falta (ou omissão) de políticas públicas federais, estaduais e municipais matam.
Em tempos de pandemia humana e política, o nosso compromisso com ciência é o nosso maior gesto de RESISTÊNCIA!
A Associação dos(as) Geógrafos(as) Brasileiros(as) (AGB) 
Seção Local Cuiabá-MT 

Cuiabá, 23 de julho de 2020.



XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos

XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos - ENG 2020



Boas Vindas


Com entusiasmo anunciamos que o Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos (ENG) chega a sua 20ª edição, ocorrendo em São Paulo (SP), na Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 13 e 17 de julho de 2020 e terá como tema "Brasil-periferia: a geografia para resistir e a AGB para construir"
Ementa: As conjunturas neoconservadoras e neoliberais que se desenham em escalamundo no primeiro quartel do século XXI tem se expressado de modo particular nas periferias do capitalismo mundial. A questão da periferia não se evidencia como localização, mas como condição de estar à margem do poder. Nesses termos, a condição periférica é uma realidade do Brasil em relação a sua posição na organização do capitalismo mundial, que reverbera na realidade produzida dentro de suas próprias fronteiras. Os fundamentos estruturais da sociedade capitalista e a colonialidade dão o tom dos discursos racistas, machistas, homofóbicos, xenofóbicos, higienistas e classistas que têm se acentuado no campo de disputa da política contemporânea. Diante desse contexto, as dinâmicas educacionais, urbanas, rurais e ambientais expõem contradições estudadas pela e por meio da ciência geográfica em suas diversas escalas, o que possibilita criar e fortalecer mecanismos de resistência às hegemonias político-econômicas. A geografia emerge enquanto campo de crítica social para questionar as estruturas hegemônicas, as subordinações imperialistas e sub-imperialistas, hierarquizações e normatizações que escondem as diversidades sob as quais nossa sociedade é construída e se reproduz. Na contramão dessa conjuntura, a Associação dos Geógrafos Brasileiros – enquanto entidade representativa e articuladora da geografia – tem-se construído ao longo dos anos com uma base coletiva, através das Seções Locais e de seus Encontros Nacionais. Diante do avanço das práticas autoritárias, as formas horizontais de organização da AGB surgem como potencialidade de construção de resistências.

Associações 2020 - AGB Seção Local: Cuiabá


PRIMEIRA CIRCULAR - XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos

XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos - ENG

PRIMEIRA CIRCULAR
Com entusiasmo anunciamos que o Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos (ENG) chega a sua 20ª edição, ocorrendo em São Paulo (SP), na Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 13 e 17 de julho de 2020.
Desde o 1° ENG, realizado em Presidente Prudente (SP), em 1972, foram muitos os debates, reflexões e ações desenvolvidas pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB). Essa construção histórica evidencia a importância do encontro para o pensamento geográfico brasileiro e para a ação da entidade em suas diversas frentes de atuação e pautas políticas. A história da Geografia brasileira está intimamente ligada à história da AGB, e o ENG é um dos principais momentos em que é possível perceber as bases da construção da práxis geográfica nacional, a partir da interação entre geógrafas e geógrafos, não só do Brasil, mas também de outros países.
A conjuntura política-econômica atual demanda da AGB o estabelecimento de pautas que possibilitem elaborar práticas de resistência e superação frente aos ataques neoliberais e reacionários que acentuam as desigualdades sociais, econômicas, de gênero, culturais e regionais entre a população brasileira.
No último ENG, realizado em João Pessoa (PB), em 2018, foram debatidos diferentes temas que se desdobraram em posicionamentos teóricos, epistemológicos e políticos defendidos pela entidade. Entre eles: a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e a crítica às reformas educacionais que reforçam as disparidades regionais; a importância dos movimentos étnico-raciais e de gêneros para a garantia de direitos sociais conquistados; os conflitos no campo e na cidade e a denúncia aos agentes que promovem a violência contra os povos; a defesa da saúde pública como direito básico; a condição do Brasil e da América Latina nas disputas geopolíticas do capitalismo mundial.
Diante das pautas discutidas em seu último encontro nacional, a AGB reforçou o seu compromisso com formação de uma ciência geográfica crítica aliada à transformação social. Historicamente a entidade se coloca como um espaço de atuação e construção da comunidade geográfica, ao refletir criticamente a realidade nacional e propor à sociedade brasileira formas de resistência às contradições socioespaciais.
Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB - Diretoria Executiva Nacional
Av. Lineu Prestes, 338, Geografia/História – Cidade Universitária/USP, São Paulo – SP, CEP: 05508-900, telefone: (11) 3091-3758

Desse modo, o Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos, organizado pela AGB deve ser entendido como um dos instrumentos de luta da comunidade geográfica contra essas contradições. Assim, a AGB Nacional, a partir, da atuação coletiva e horizontal de seus associados (estudantes, professoras e professores, profissionais geógrafas e geógrafos, etc.) se compromete com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e humana.
Por fim, convidamos a todas e todos a participarem do XX ENG não só durante a realização do evento e sim desde agora, durante o seu momento de elaboração. Desta forma, os interessados devem procurar a Seção Local mais próxima e participar.
Um bom XX ENG!

XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos - ENG

Data: 13 a 17 de julho de 2020
Local: Universidade de São Paulo (USP), São Paulo - SP
Tema: Brasil-periferia: a geografia para resistir e a AGB para construir

Ementa: As conjunturas neoconservadoras e neoliberais que se desenham em escala- mundo no primeiro quartel do século XXI tem se expressado de modo particular nas periferias do capitalismo mundial. A questão da periferia não se evidencia como localização, mas como condição de estar à margem do poder. Nesses termos, a condição periférica é uma realidade do Brasil em relação a sua posição na organização do capitalismo mundial, que reverbera na realidade produzida dentro de suas próprias fronteiras. Os fundamentos estruturais da sociedade capitalista e a colonialidade dão o tom dos discursos racistas, machistas, homofóbicos, xenofóbicos, higienistas e classistas que têm se acentuado no campo de disputa da política contemporânea. Diante desse contexto, as dinâmicas educacionais, urbanas, rurais e ambientais expõem contradições estudadas pela e por meio da ciência geográfica em suas diversas escalas, o que possibilita criar e fortalecer mecanismos de resistência às hegemonias político-econômicas. A geografia emerge enquanto campo de crítica social para questionar as estruturas hegemônicas, as subordinações imperialistas e sub-imperialistas, hierarquizações e normatizações que escondem as diversidades sob as quais nossa sociedade é construída e se reproduz. Na contramão dessa conjuntura, a Associação dos Geógrafos Brasileiros – enquanto entidade representativa e articuladora da geografia – tem-se construído ao longo dos anos com uma base coletiva, através das Seções Locais e de seus Encontros Nacionais. Diante do avanço das práticas autoritárias, as formas horizontais de organização da AGB surgem como potencialidade de construção de resistências.

Grade de Programação



Eixos temáticos
Os eixos temáticos direcionam as discussões que serão realizadas durante o XX ENG. Os eixos têm o papel de orientar as atividades do próprio encontro, como as mesas redondas, ESC, Oficinas e Minicursos, Geo na Rua e Trabalhos de Campo. Portanto, estes espaços citados foram pensados a partir da proposição dos referidos eixos temáticos. É importante frisar que os eixos temáticos se tratam de questões-problema sobre a realidade e não enquanto áreas da Geografia. Os eixos devem estar relacionados ao tema e ementa do XX ENG e fomentar debates nas diversas atividades e espaços que ocorrerão no encontro. Salientamos que os eixos temáticos não orientam o envio dos trabalhos submetidos ao encontro, já que estes devem ser enviados através dos Espaços de Diálogos e Práticas (EDP), que são direcionados pelas áreas gerais.

Monitoria
A Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) convida, com imenso prazer, todas e todos a participarem como monitoras (es) no próximo XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos (ENG). Partindo de um princípio de construção coletiva, acreditamos numa proposta de Monitoria que permita a todas e todos a participarem e construírem o encontro de maneira conjunta e coletiva. O que propomos é que as atividades sejam promovidas e praticadas em nível de igualdade, superando uma compreensão da figura da(o) monitor(a) como um(a) mera(o) “tarefista”, um(a) funcionária(o). Acreditamos que é possível outra forma de monitoria; na qual todas e todos – conferencistas, palestrantes, estudantes, professores e etc. Tornarem-se parte desta organização e construção. Faz-se necessário superar a ideia de encontro “acabado”, como mercadoria ou serviço, e a divisão entre o trabalho manual e o trabalho intelectual. Isso é um dos princípios da nossa entidade, que preza organizar as suas atividades de maneira horizontal e coletiva.

Mesas
A partir dos acúmulos das Reuniões de Gestão Coletiva (RGC), cada mesa será composta por três participantes, sendo um provocador/coordenador e dois expositores/palestrantes. Definiu-se também o perfil dos convidados, preferencialmente, o provocador/coordenador seja agebeano e tenha envolvimento com as práticas da entidade, um palestrante expositor envolvido com o pensamento científico/acadêmico, e o outro ativista de movimento social. Ainda procura-se respeitar a paridade de gênero e representatividade étnico-racial. Ambos devem ter proximidade acadêmica e política com o tema da mesa e também com os posicionamentos e princípios da AGB apresenta sobre as referidas temáticas.

Espaços de Socialização de Coletivos (ESC)
Esta atividade abre espaço para que coletivos possam socializar as discussões e as práticas com os encontristas. Entende-se por “coletivos” grupos de pessoas que se articulam em torno de um tema ou prática em comum, portanto, não necessariamente devem estar institucionalizados por algum órgão de fomento à pesquisa, ou similar. Esse espaço estará aberto a grupos de pesquisa, movimentos sociais e demais coletivos que queiram socializar os seus achados, pautas de luta, sonhos e reivindicações sejam elas de caráter ambiental, cultural e/ou político. A ideia é que grupos acadêmicos e não acadêmicos possam desenvolver as suas discussões e que estas sejam acessíveis também ao amplo público de encontristas. Embora seja livre o envio de propostas por quaisquer coletivos, é importante que os proponentes façam uma leitura prévia do tema geral e dos eixos do encontro, visando proporcionar uma maior organicidade entre as propostas de atividades, o ENG e a realidade local do encontro.

Espaços de Diálogos e Práticas (EDP)
Nos Espaços de Diálogos e Práticas (EDPs), as/os encontristas do XX ENG apresentam e discutem, de forma horizontal, suas pesquisas (concluídas ou em andamento), seus relatos de experiências e trabalhos. Trata-se de um espaço de socialização de conhecimentos a partir da troca de experiências e do diálogo. Os EDPs são pensados de forma inclusiva, para que todos e todas possam debater e produzir a ciência geográfica coletivamente.
Os temas e trabalhos serão organizados nas seguintes áreas gerais:
Áreas gerais
● Cidade e Urbano
● Campo e Rural
● Pensamento Geográfico
● Ensino de Geografia e Educação
● Geografia da fome, alimentar e da saúde
● Relações étnico-raciais, gêneros e sexualidades
● Geografia política e geopolítica
● Geografia econômica
● Cultura, memória e patrimônio
● Geografia física e meio ambiente
● Cartografia e representações de mundo

Grupos de Trabalho (GTs)
Os Grupos de Trabalho (GTs) do XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos constituem um momento em que os GTs atualmente existentes nas Seções Locais da AGB apresentam aos encontristas os debates que vêm realizando e convocam a comunidade geográfica a contribuir com a discussão dessas problemáticas e participar das ações.
Os GTs são um espaço essencial de trocas e construção de intervenções na sociedade entre os GTs, as Seções Locais da AGB e a comunidade geográfica, tanto na escala local quanto na regional ou nacional. Dessa forma, para o XX ENG os GTs serão propostos a partir dos grupos de trabalho atuantes nas Seções Locais, inclusive constando a proposta em ata de assembleia das Seções.

Minicursos e Oficinas
Os minicursos e as oficinas são espaços onde são oferecidas atividades de caráter prático e teórico, que proporcionam novos conhecimentos e vivências, a partir do compartilhamento de experiências de indivíduos e grupos. É importante que os proponentes façam uma leitura prévia do tema geral e dos eixos do encontro visando proporcionar uma organicidade entre as propostas de atividades, o ENG e a realidade local. Poderão apresentar propostas para serem desenvolvidas no XX ENG pessoas devidamente inscritas no evento.

Trabalho de Campo (TC)
As atividades de trabalho de campo são práticas históricas da Geografia, fazendo parte de um conjunto de técnicas, saberes e (re)existências que estão em constante processo de transformação, sendo uma das mais importantes ferramentas de análise das geógrafas e dos geógrafos. Tem-se adotado o trabalho de campo como uma instância do fazer geográfico para a compreensão das dinâmicas e processos existentes no espaço.
Tendo em vista a difícil conjuntura política, econômica e social do país, temos um cenário de retrocessos e ataques a construção de ferramentais que nos permitem compreender e atuar sobre a realidade. Dessa forma, a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) compreende que o trabalho de campo possibilita diversas leituras geográficas, concretizando a junção essencial entre teoria e prática. A AGB, ao longo destes anos vem promovendo encontros nacionais de geografia e fortalecendo a ideia de que os trabalhos de campo são espaços fundamentais em suas grades de programação, tendo como principal objetivo refletir sobre o tema central do encontro e seus eixos temáticos.
Durante a atividade há um momento em que todas as pessoas realizam uma avaliação com suas impressões sobre seus respectivos trabalhos de campo. Este é o momento denominado Pós-campo, o qual configura mais uma ação de valorização do trabalho de campo nos encontros da AGB.

Atividades Culturais
Ao longo da realização do XX ENG, as/os encontristas poderão interagir com expressões e manifestações culturais presentes na programação. Estas atividades objetivam proporcionar momentos de troca de experiências e reflexões, valorizando as manifestações culturais locais e regionais, além da exposição da produção acadêmica da Geografia brasileira, reunida nas bancas e lançamentos de livros. O espaço para lançamento de livros congregará a divulgação de obras recém publicadas em que autores poderão dialogar com as/os demais encontristas.


Link: https://www.eng2020.agb.org.br/informativo/view?TIPO=&ID_INFORMATIVO=1

SEGUNDA CIRCULAR - XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos








XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos – ENG

SEGUNDA CIRCULAR

1. SOBRE O XX ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFAS E GEÓGRAFOS

Data: 13 a 17 de julho de 2020
Local: Universidade de São Paulo (USP), São Paulo - SP
Tema: Brasil-periferia: a geografia para resistir e a AGB para construir
Site: https://eng2020.agb.org.br/ – Disponível a partir de 06 de janeiro de 2020.

2. PROGRAMAÇÃO



3. CRONOGRAMA DE ENVIO DE PROPOSTAS DE ATIVIDADES

4. VALORES DAS INSCRIÇÕES



5. EIXOS TEMÁTICOS

Os eixos temáticos direcionam as discussões que serão realizadas durante o XX ENG. Os eixos têm o papel de orientar as atividades do próprio encontro, como as mesas redondas, ESC, Oficinas e Minicursos, Geo na Rua e Trabalhos de Campo. Portanto, estes espaços citados foram pensados a partir da proposição dos referidos eixos temáticos. É importante frisar que os eixos temáticos se tratam de questões-problema sobre a realidade e não enquanto áreas da Geografia. Os eixos devem estar relacionados ao tema e ementa do XX ENG e fomentar debates nas diversas atividades e espaços que ocorrerão no encontro. Salientamos que os eixos temáticos não orientam o envio dos trabalhos submetidos ao encontro, já que estes devem ser enviados através dos Espaços de Diálogos e Práticas (EDP), que são direcionados pelas áreas gerais.

Eixos e ementas do XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos

Eixo 01: Trajetórias agbeanas, diversidades e epistemológicas críticas na Geografia
Ementa: A contemporaneidade exige lidarmos com novos desafios. O avanço do conservadorismo e do neoliberalismo acuam aqueles que se propõe a pensar criticamente a sociedade. As ciências humanas de forma geral, e principalmente suas correntes mais críticas, estão ameaçadas, incluindo a ciência geográfica. Ao mesmo tempo em que outras epistemologias surgem no horizonte e novas formas de analisar o espaço emergem, construídas a partir das lutas feministas, raciais, LGBTQI+, decoloniais, multiplicam-se as interpretações e os olhares espaciais de sujeitos antes invisibilizados. A Geografia tem se dedicado a dialogar com assuntos tradicionalmente marginalizados pela ciência eurocêntrica e de raízes coloniais. A centralidade das discussões dos sujeitos subalternizados diante da colonialidade historicamente produzida, estão ocupando cada vez mais espaço nas escolas, nas universidades e nas ruas. Por isso, é fundamental que estes sujeitos em suas diversidades tenham sua representatividade e seu lugar de existência reconhecidos, bem como as epistemologias críticas que abarcam suas questões, reinventando processos de autonomia entre os povos, na busca da superação de discursos dominantes. Diante desta realidade torna-se necessária uma reflexão crítica sobre os rumos da ciência geográfica e o papel da AGB. Quais as relações estabelecidas entre a AGB e o pensamento geográfico brasileiro e tais epistemologias críticas supracitadas? Como a AGB deve colaborar para construir e fomentar os novos rumos da ciência? Qual deverá ser o papel e a postura da entidade diante destes novos desafios? E como estas outras perspectivas críticas se manifestam nas ações da AGB, nos lugares onde é presente e em escala nacional?

Eixo 02: Construir a AGB para reconstruir a Geografia Critica.
Ementa: A história do pensamento geográfico brasileiro está intimamente ligada a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB). O papel da entidade foi fundamental em alguns movimentos epistemológicos ocorridos no interior da Geografia, principalmente na década de 1980 (que introduziu novas perspectivas teóricas e metodológicas para o centro da discussão do interior da ciência e modificou toda a organização interna da entidade, democratizando-a). Portanto, buscamos propiciar a reflexão e avaliação da produção geográfica dos últimos 40 anos para construção efetiva de uma Geografia crítica via AGB, objetivando caracterizar o perfil que essa reflexão e prática vem assumindo pelas mãos de seus profissionais (licenciados e bacharéis).

Eixo 03: Relações Raciais e Interseccionalidades: Geografias, Lutas antirracistas e a AGB
Ementa: As hierarquizações étnicas e raciais possuem um papel histórico na construção da sociedade e consequentemente na produção científica brasileira. Os ataques a grupos indígenas e quilombolas; o genocídio da juventude negra nas periferias e favelas; as violências aos espaços sagrados das religiões de matriz africana e indígena; e as estruturas de opressão impostas as mulheres negras, são exemplos. A Geografia historicamente tem um papel fundamental na consolidação e naturalização dos “conhecimentos”, que através da colonialidade produzem a dominação de corpos, mentes e lugares. Partir de perspectivas antirracistas pressupõe o diálogo com novos paradigmas para compreender tais relações como elementos constituintes de práticas do espaço geográfico. Deste modo, propõe-se pensar as questões étnicorraciais e suas interseccionalidades não restritas a um campo específico da Geografia. A AGB advoga estar na trincheira da luta antirracista. Contudo, sabe-se que as dimensões do racismo se difundem socialmente, assumindo caráter estrutural e promove a sua reprodução em diversas escalas. Sendo assim, questionamos: como a AGB se posiciona nas lutas antirracistas? Em que medida e proporção a entidade encampa as teorias científicas, discursos e ações políticas que buscam a superação do racismo brasileiro? Como isso se manifesta nas atuações da associação na dimensão de suas seções locais e nacional? De quais formas a AGB vem atuando como articuladora dessas lutas entre geógrafas e geógrafos no Brasil, uma vez que assim se posiciona a organização?

Eixo 04: A ofensiva neoliberal e neoconservadora no(a) Ensino/Educação: o que a Geografia tem a dizer? 
Ementa: Historicamente a educação tem tido a função estratégica de produzir subjetividades/objetividades em favor da manutenção da ordem social do capital, determinada pelas necessidades da atual acumulação rentista e da produção de mercadorias, pelo lucro, pela exploração alienante do trabalho. O contexto político pós-eleições de 2018 aprofunda a precarização do trabalho e a desqualificação da docência como profissão, exigindo a análise e o compromisso de enfrentamento dos impactos da ofensiva neoliberal e neoconservadora no(a) Ensino/Educação. A reforma trabalhista e os novos modelos de relação de trabalho tendem a aprofundar a precarização da prática docente, além de confrontá-lo no seu papel efetivo na construção de políticas pedagógicas/ educacionais no cotidiano escolar. As políticas de avaliação externa da educação brasileira (inclusive dos professores, o provão do magistério), política de livros didáticos, currículos de formação de professores e as políticas recém-adotadas pelo Ministério da Educação (MEC) esvaziam e confrontam a formação do pensamento crítico e se articulam a novos modelos de currículos e métodos (BNCC) e um novo papel para o ensino médio (Lei 13.415/2017), retenção e/ou redirecionamento do ingresso no ensino superior. Contra estas pautas neoliberais, o papel político da geografia nesse contexto traz à tona a necessidade de reafirmar as bandeiras políticas da AGB na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada nas lutas do povo brasileiro, da profissão docente e da Geografia como componente curricular. É indispensável que a geografia mostre o que tem a dizer.

Eixo 05: Geopolítica de recursos naturais e as novas formas de apropriação das águas, das terras e do subsolo
Ementa: O contexto geopolítico e econômico atual impõe a necessidade de reflexão sobre as novas formas de delimitação, apropriação e disputas dos recursos naturais e minerais no Brasil. Recentemente, os conflitos socioambientais se acirraram diante de uma fragilização e desmonte institucional de órgãos de fiscalização, legislação e controle do avanço das atividades econômicas predatórias, atingindo dezenas de comunidades tradicionais, como camponesas, ribeirinhas, quilombolas, indígenas e a sociedade civil em geral. Alguns exemplos são os crimes ambientais cometidos pela Vale S.A. e a expansão da fronteira agrícola com o avanço do agronegócio em direção ao Cerrado e a Amazônia. O pensamento geográfico é convocado a dar respostas e atuar nesses campos de disputa, produzindo conhecimento e revelando as contradições e resistências.

Eixo 06: Geopolítica atual e a saúde global
Ementa: A saúde se evidencia enquanto tema de pesquisa na geografia há ao menos duas décadas, pautando o compromisso para construção de uma sociedade mais equitativa. Tendo em vista a relevância cada vez maior do tema “Saúde global” na geopolítica atual, a geografia para a saúde visa compreender os fenômenos que assolam as vidas e não somente se restringir ao mapeamento de enfermidades. Os desafios políticos e territoriais impostos pelo capitalismo, atingindo especialmente a população mais pobre, se intensificam com o avanço do neoliberalismo e a ascensão da ultradireita, colocando a vida humana no limite da suportabilidade. O alinhamento dos pressupostos da Saúde Coletiva na ciência geográfica, principalmente no Brasil, tem como meta construir um desenvolvimento mais humano e democrático que possibilite avanços nas questões ambientais e/ou sociais. Assim, a geografia sai em defesa dos povos da floresta e das(os) trabalhadoras(es), a partir da análise e do enfrentamento das políticas de contaminação por agrotóxicos no campo e na cidade, revelando resistências e formas de produção alternativas, bem como representando a luta pela manutenção do Sistema Único de Saúde, como sistema universal e gratuito

Eixo 07: Disputas cartográficas nas dimensões do poder: imagens e políticas espaciais 
Ementa: A cartografia constitui-se em mais que uma técnica de representação dos fenômenos geográficos: também se estabelece enquanto linguagem para apresentar visões particulares sobre a realidade socioespacial e suas relações de poder. Vivemos em um tempo em que os discursos sobre o real e as disputas através das imagens estão cada vez mais presentes na esfera social. Os povos e comunidades tradicionais e movimentos sociais vem se apropriando da cartografia enquanto instrumento de saber/poder para se posicionarem no mundo de forma autônoma, emancipatória e contra hegemônica. Essas experiências enfatizam as representações espaciais como prática social e política, não apenas como seara específica de um ramo científico. Simultaneamente, observa-se no Brasil a articulação de um projeto de desmonte dos órgãos institucionais que fornecem dados sobre a realidade nacional, fundamentais para a pesquisa em Geografia, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este processo demonstra como o projeto de desvalorização do conhecimento em curso abre espaço para que grandes corporações controlem e monopolizem a produção de dados, informações e representações sobre o país de modo a distorcer a interpretação de Brasil. Nesse sentido, de que maneira a AGB pode contribuir com as discussões em torno das políticas espaciais e suas disputas através da cartografia na atualidade?

Eixo 08: Sociedade, espaço e natureza: o papel da Geografia Física na construção das re-existências
Ementa: O modo de produção capitalista é o motor da crise socioambiental em múltiplas escalas. Sua história - e geografia – é a da exploração dos limites físicos, químicos e orgânicos do planeta. Isto se estrutura por todos os espaços na forma da destruição da natureza. Problemas como o desmatamento de vastas extensões de vegetação nativa, extinções de espécies, a produção e o tratamento de resíduos sólidos nas cidades, a poluição dos corpos d'água, entre outros, representam a degradação sistemática da vida. O aprofundamento da cisão entre a sociedade e natureza, tem no espaço geográfico um dos principais instrumentos de análise dessas contradições e relações sociais. Não se trata apenas da ruptura de barreiras físicas, mas de rupturas em práticas historicamente vinculadas às culturas dos povos, que se expressa também em formas de dominação e exploração, tanto daquilo chamado por “natureza”, quanto dos povos e seus territórios. Os recentes crimes ambientais praticados por mineradoras em Minas Gerais (2015 e 2019), bem como o avanço das queimadas criminosas sobre a Amazônia (2019), o derramamento de óleo no litoral brasileiro (2019) e o enfraquecimento negligente de políticas ambientais, frente aos interesses neo-extrativistas internacionais, são exemplos desse processo. Qual é a importância de se tratar de forma crítica a relação entre sociedade, espaço e natureza? Qual(is) é(são) a(s) natureza(s) estudada(s) pela geografia? Cabe questionar portanto, como a “Geografia (Física)” pode contribuir para a derrubada do atual modelo de sociedade, e mesmo, como pode contribuir para a construção de re-existências.

Eixo 09: Espaço Urbano: contradições, barbárie e r-existência 
Ementa: O espaço urbano tem sido investigado como lócus privilegiado da reprodução do capital. Contudo, o mesmo não funciona apenas como receptáculo, mas também como meio de acumulação capitalista. As múltiplas estratégias de mercantilização da terra urbana, aliada ao mercado financeiro, produz tanto o aumento desenfreado das desigualdades quanto mazelas que se presencia no espaço urbano, provocando processos espoliativos. São expressões máximas desses fenômenos as diferentes disputas pelo poder e controle do espaço urbano, produzindo a fragilização e o extermínio principalmente das populações negras, indígenas, mulheres e LGBTQI+. Em um momento de crise da reprodução e das representações sociais, é mais do que nunca necessária a construção de um pensamento crítico que confronte os modos como o espaço é produzido e reproduzido. É preciso que o conhecimento se debruce sobre as formas como a propriedade privada capitalista da terra vem se realizando no espaço urbano, agora sob domínio do capital financeiro, e desvende as contradições que emergem desse processo de produção espacial. As ações dos movimentos sociais e as lutas sociais se revelam como lutas pelo espaço, pela sua apropriação concreta, uma vez que as relações sociais necessárias à reprodução da vida se materializam como relações espaciais. De um lado, se apresenta o consumo do espaço para novas produções imobiliárias como novas raridades do espaço, por outro lado, avança a expansão dos espaços periféricos, revelando o processo de segregação socioespacial como conteúdo da urbanização contemporânea. Dessa maneira, a interpretação dos processos espaciais são centrais hoje para a construção de um conhecimento concreto da realidade contemporânea, assim como podem apontar as possibilidades de resistência postas no real. Diante desse cenário, que acomete o espaço urbano brasileiro, questiona-se: como resistir e construir novos horizontes? 

Eixo 10: Apropriação capitalista e exclusão no campo: circuitos de produção e resistências Ementa: Com o avanço da modernização agrícola no território brasileiro, as contradições do espaço agrário se agudizam, e novos circuitos produtivos hegemônicos se instalam. Para além dos processos já de longa data como a concentração fundiária, o êxodo rural e a precarização do trabalho agrícola, novas formas de violência – física, institucional e simbólica – se instalam, aumentando a repressão e criminalização dos movimentos sociais. O presente eixo procura analisar estas contradições decorrentes do processo de difusão do meio técnico-científico-informacional no campo, identificando suas principais repercussões. Neste contexto, procura-se ainda discutir os usos da terra e os circuitos alternativos de produção que surgem a partir dos povos e comunidades tradicionais

Eixo 11: Desenvolvimento Regional: novas abordagens e críticas na atual conjuntura 
Ementa: As mudanças nas políticas de desenvolvimento regional evidenciadas nestas primeiras décadas do século XXI têm direcionado as geógrafas e os geógrafos a repensarem métodos e procedimentos de investigação das dinâmicas espaciais. As contradições da ação do Estado, aliada à expansão capitalista em todas as regiões brasileiras, ao mesmo tempo em que contribuem para a concentração de riqueza e poder em grandes empresas e grupos privados (nacionais e internacionais) também aumentam as desigualdades sociais e espaciais historicamente produzidas, promovendo uma violência sistemática com os mais diversos sujeitos sociais. Os grandes projetos de desenvolvimento propostos pelo Estado, a exemplo da delimitação do MATOPIBA, o Projeto de Integração do Rio São Francisco e a construção de enormes empreendimentos portuários no litoral brasileiro, são as representações materiais destas contradições que ocorrem a partir da aliança entre capital e Estado. Observa-se o aparecimento de novas formas de apropriação do território nas diferentes regiões brasileiras, as quais passam a ser consideradas estratégicas para os sujeitos que ocupam cargos no setor de planejamento regional, tanto no âmbito público quanto no âmbito privado, despertando a necessidade de um maior aprofundamento no debate em torno das políticas de desenvolvimento. Tal quadro de referência impõe à geógrafa e ao geógrafo o desafio de fornecer novos parâmetros para a leitura das realidades regionais (e territoriais) no processo de produção do espaço geográfico em suas diferentes relações escalares.


São Paulo (SP), 24 de dezembro de 2019.


Link: https://www.eng2020.agb.org.br/informativo/view?ID_INFORMATIVO=2

TERCEIRA CIRCULAR - XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos

XX Encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos – ENG

TERCEIRA CIRCULAR

1. SOBRE O XX ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFAS E GEÓGRAFOS

Data: 13 a 17 de julho de 2020
Local: Universidade de São Paulo (USP), São Paulo - SP
Tema: Brasil-periferia: a geografia para resistir e a AGB para construir
Site: https://eng2020.agb.org.br/ – Disponível a partir de 06 de janeiro de 2020.

2. PROGRAMAÇÃO



3. CRONOGRAMA DE ENVIO DE PROPOSTAS DE ATIVIDADES

4. VALORES DAS INSCRIÇÕES



5. ABERTURA

Data: 13 de julho de 2020.
Local: Memorial da América Latina – Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo.

Tema: Continente em chamas: insurreições populares e tensões geopolíticas na América Latina
Ementa: A América Latina vive atualmente uma enorme instabilidade política, fruto de desigualdades econômicas e sociais histórico-estruturais, mas também pela ascensão de governos nacionais de extrema direita no continente. A mesa visa discutir, a partir de diferentes prismas (de movimentos sociais, representantes políticos e intelectuais/acadêmicos) quais as principais interpretações possíveis sobre esta instabilidade política e quais as possibilidades de organização e movimentação popular para consolidar a democracia no continente.

6. MESAS REDONDAS

Data: 14 de julho de 2020 (terça-feira).
Local: Universidade de São Paulo (USP) – Cidade Universitária, São Paulo.

Mesa 1: A Geografia na Periferia da Educação.
Ementa: As medidas neoliberais, que fazem parte dos mecanismos do capital financeiro internacional, provocam constantes atritos em diversas áreas, incluindo a educação. A discussão sobre os curriculos, tanto em seus conteúdos quanto em suas cargas, são elementos constantes e fundamentais na concretização de uma ideologia reacionária que vem se evidenciando. A Geografia, como uma das ciências fundamentais em todos os níveis e modalidades de ensino, é uma das linhas de frente no combate aos ataques à educação, assim como a História, a Sociologia e a Filosofia. Entretanto, a discussão não pode se restringir somente as políticas reacionárias, mas levar a fundo uma questão que está para dentro da formação e atuação de professoras e professores de Geografia: a dificuldade de defender a ciência e se entender como parte integrante dela, e de justificar a importância que ela tem na capacidade de reflexão e transformação da sociedade. Tudo isso comumente em detrimento as ciências exatas. Posto isso, a mesa convida à reflexão e prática sobre como podemos combater as hierarquizações construidas pela ideologia imposta e a dificuldade de articular uma defesa efetiva da Geografia.

Mesa 2: AGB para construir: epistemologias críticas e críticas a epistemologia da Geografia.
Ementa: É importante fomentar o debate acerca da necessidade de visibilização e premência de outras leituras e compreensões de mundo, diferentes epistemologias que emergem no cenário geográfico. Trazer para o centro do debate as epistemologias construídas por aqueles sujeitos frequentemente invisibilizados, construtores de lutas feministas, raciais, LGBTTQI+ e decoloniais, pois entende-se que tais questões são estruturais e estruturantes, e não secundárias, ou “paralelas” a outras leituras. Assumir e incorporar tal postura é permitir a multiplicação de interpretações e olhares espaciais, possibilitando desse modo uma maior compreensão da realidade. O intuito dessa mesa é refletir sobre o papel que a AGB vem ou não cumprindo diante destas “novas epistemologias”, se há ou não espaço para esse debate dentro da entidade, bem como sobre as possibilidades e compromissos que podem e devem ser assumidos pela AGB perante tais temáticas.

Mesa 3: As Desigualdades sócioespaciais e as condições de moradia nas cidades brasileiras.
Ementa: O crescimento urbano, associado ao processo de urbanização e metropolização que atinge o Brasil no final do século XX, mostra-se predominantemente excludente, cujas marcas desiguais desse processo podem ser vistas e sentidas ao longo do espaço urbano. O acesso desigual à infraestrutura e serviços urbanos, os conflitos pelo uso da terra nas cidades, a degradação ambiental, a formação de espaços de habitações precárias, o déficit habitacional são algumas das marcas desse processo desigual. Cabe então a Geografia a leitura complexa desse espaço considerando o conjunto de agentes, formas e processos presentes e resistências frente às dinâmicas excludentes que o capitalismo impõe sobre a urbanização.

Mesa 4: Engolindo o dorso da terra: Crise, crime, o horizonte de expectativas decrescentes e o crescente lucro da mineração.
Ementa: A atividade minerária, inescapavelmente abstraída pela sociedade produtora de mercadorias, possui uma concretude especificamente destrutiva. Muitas vezes defendida como sendo “imprescindível à manutenção dos padrões de vida do mundo moderno”, cuja "exportação é necessária para o desenvolvimento nacional". Há, porém, que se considerar que a mineração necessariamente se realiza pela supressão e degradação da natureza, expropriação massiva e submissão ao trabalho em condições iminentemente fatais. As imposições atuais da valorização do valor pressionam cada vez mais para o aprofundamento e aumento da escala dessas destrutividades, as quais têm como exemplo os recentes rompimentos das barragens da Samarco (Mariana) e da VALE S.A. (Brumadinho). Esses eventos chocaram a sociedade brasileira e mundial, que reagiram de diferentes maneiras, inclusive com a mobilização de uma série de pesquisadores, articuladores de movimentos sociais e membros da sociedade civil organizada que buscam compreender o ocorrido e dar suporte aos atingidos. Mas o que os graves e recentes crimes envolvendo as empresas mineradoras dizem sobre o tempo presente? Pode-se dizer que o atual momento de uso intensivo dos bens naturais da sociedade e de superexploração da força de trabalho convive com condições de precariedade da operacionalização da atividade minerária. A contradição fica ainda mais evidente quando se contrasta as avaras condições de funcionamento dos complexos minerários com as vultosas somas extraídas pelos investidores deste setor. O contraste choca, assusta e revolta, mas por si só não expõe o papel que têm estes acontecimentos no presente momento da reprodução do capital. Tampouco explica a conformação atual do metabolismo sociedade-natureza que conduz à naturalização do extermínio de povos e das suas condições de reprodução. Há vidas que podem ser, assim, ceifadas e depois reduzidas a um valor monetário de indenização a ser conquistada em um balcão de negociações? Tais questões vem tragicamente produzindo o tempo e o espaço contemporâneos e merecem um incansável debate, que propomos a partir do prisma colocado.

Mesa 5: Questão indígena e quilombola no contexto de desmonte de conquistas.
Ementa: Na atual conjuntura do Brasil é visível a escalada da violência contra os povos indígenas e quilombolas. O agronegócio, as madeireiras, os garimpos são algumas das atividdades econômicas que avançam sobre territórios indígenas e quilombolas, apoiados pelo poder político que se coloca abertamente contra a demarcação e titulação dessas terras em prol dos povos. Fundação Nacional do Indio (FUNAI), Fundação Palmares e outros órgão vão sendo sistematicamente tomados por inimigos de indígenas e quilombolas, que lutam para continuar re-existindo. Como a Geografia pode contribuir com a denúncia e a luta contra essa situação?

Mesa 6: Patrimônio e resistências nas cidades brasileiras: apagamento da memória negra.
Ementa: Os órgãos e mecanismos que elaboram e definem oficialmente o que é patrimônio histórico e artístico no Brasil, são marcados por uma visão de cunho elitista de cultura que reflete no espaço urbano e em seus bens tombados. Tais políticas de preterimento sobre o que deve ser tombado podem levar à uma omissão de outras manifestações culturais, bem como de outras identidades e narrativas históricas. Ao longo do século XX, cidades inteiras foram tombadas e o patrimônio que predominou foi o de “pedra e cal” caracterizado pelas igrejas mineiras e construções “julgadas” como significativas. Somente quando os países em desenvolvimento pressionaram a UNESCO que seus bens culturais do patrimônio imaterial foram considerados para serem preservados e herdados para as gerações futuras. No começo do século XXI diversos foram os bens tombados nas cidades brasileiras, em especial nas cidades históricas brasileiras (como Ouro Preto, Tiradentes) e outras diversas cidades (como Rio de Janeiro, Salvador, São Luís), que se traduzem numa redução narrativa da história brasileira marcada por um ataques a memória negra. Diante de um cenário de desvalorização e desmonte dos órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural em suas diversas escalas, é fundamental refletirmos sobre a (re) construção de memória e a valorização da cultura afrobrasileira.

Mesa 7: Cartografias avessadas: quantos olhares cabem num mapa?
Ementa: O espaço geográfico permite pensar na multiplicidade de trajetórias e a heterogeneidade simultânea numa condição do social em seu amplo sentido. Na cartografia, os debates contemporâneos sobre imaginações cartográficas dão abertura para questionamentos sobre a forma tradicional da representação do real. As cartografias sociais, comunitárias, feministas, negras e indígenas lançam olhares sobre as dimensões de poder e a construção das políticas espaciais. Trazem também relações de diferentes escalas, como o debate sobre o corpo como território, cartografias da violência, corpografias outras. Neste campo de disputas cartográficas apresentar metodologias e experiências de mapeamentos coletivos, por exemplo, subvertem a posicionalidade e a reflexibilidade no processo da produção de mapas, dando espaço aos debates sobre a formação sócio espacial e revelando relações conflitantes e geometrias de poder.

Data: 16 de julho de 2020 (quinta-feira).
Local: Universidade de São Paulo (USP) – Cidade Universitária, São Paulo.

Mesa 8: Formação de professores, currículo e relações étnico-raciais.
Ementa: A Lei n. 10.639/03 modifica o currículo escolar no que tange as temáticas referentes à cultura, a população negra e o continente africano. Embora possua um destaque as disciplinas de História, Artes e Português, a Geografia, tem um papel crucial no tratamento dessas temáticas. Possibilitar às educadoras e aos educadores um encontro com discussões referentes às questões étnico-raciais no âmbito da educação, políticas curriculares e práticas pedagógicas é fundamental. O desafio é romper com os currículos elaborados nos moldes tradicionais e reconstruí-los a partir de um debate sobre o racismo, discriminação e práticas em uma perspectiva didático-pedagógica de educação antirracista, buscando a superação dos problemas étnico-raciais presentes no cotidiano escolar.

Mesa 9: Geografia e saúde indígena.
Ementa: A temática da mesa considera o contexto geográfico e político atual do Brasil e compreende a Geografia como campo de pesquisa, educação e extensão imprescindível para a análise crítica e propositiva da realidade excludente do país. Pensar em prevenção e promoção da saúde dos povos indígenas dentro da Geografia, perpassa as barreiras da medicina ocidental e o paradigma biomédico vigente na formulação da noção de saúde, como ausência de doenças. A saúde, enquanto objeto da Geografia da Saúde não constitui campo separado da realidade socioespacial; pelo contrário, faz parte de uma realidade complexa, a qual expõe problemas e demandas de intervenção, a partir de conhecimentos distintos e ao mesmo tempo integrados. Ao valorizar as práticas tradicionais de saúde, a Geografia promove a valorização das vidas (não só a vida do homem “branco”), a qual se conquista, principalmente, pelo resgate da construção histórica de resistência dos povos originários e de suas práticas espaciais, o que se materializa na luta diária de se manter com esperança de alcançar à saúde. Pautar a saúde indígena é ser a favor das vidas dos povos originários e lutar pelo fim do derramamento de sangue desses, valorizando seus saberes e tradições, preservando suas culturas. Mais do que nunca, vê-se a necessidade de sair em defesa dos Povos Indígenas do Brasil, assim como reconhecer suas práticas de saúde, políticas, lutas e formas de viver como meios de conscientização e direitos territoriais, frente aos tempos neoliberais.

Mesa 10: Caminhos feministas para a Geografia.
Ementa: O objetivo dessa mesa é convocar a comunidade geográfica para refletir e contribuir com o aprofundamento dos estudos acerca do debate de gênero e feminismo na geografia. Não apenas como elemento transversal, mas como centralidade da análise e construção do pensamento geográfico. Entendemos que a questão de gênero, articulada as questões de classe, raça e sexualidade, são centrais para a compreensão dos elementos, dinâmicas, relações de trabalho, formas de organização política e contradições socioespaciais que permeiam a sociedade capitalista no campo e na cidade. Consideramos que na atual conjuntura política e econômica brasileira, urgem ações que reafirmem e reflitam criticamente as relações de gênero e diversidade. Para tanto, algumas questões estão postas: como trabalhos que avançam no debate feminista podem contribuir para o pensamento geográfico? Como as continuidades, descontinuidades e determinações entre gênero, sexualidade, raça e classe contribuem para a análise das formas de produção e reprodução socioespacial? Como as ações dos movimentos feministas do campo e da cidade provocam e contribuem para a construção de um pensamento geográfico que rompa e não reafirme desigualdades? É neste sentido que buscamos suporte desde estas considerações para a construção de uma ciência geográfica, orientada nos acúmulos históricos da teoria e organização feminista como coerência para uma teoria e prática revolucionária, considerando a centralidade entre gênero e luta de classes.

Mesa 11: Cultura e arte como potência: revide e participação social na cidade.
Ementa: A cultura é um dos elementos mais importantes de qualquer sociedade, assim como se constitui num aspecto fundamental da vida social e política das populações das periferias das grandes cidades brasileiras. É justamente nestes espaços pouco dotados de infraestruturas públicas, onde se concentra a maior parte da população de mais baixa renda, que algumas das mais engajadas manifestações culturais. Parte significativa destas manifestações, para além de seus conteúdos estéticos e simbólicos, geram também poderosas identidades sociais e políticas, que possuem inegável caráter anti-sistêmico. Esta mesa pretende discutir formas de representação artística, simbólica e reivindicativa existentes nas grandes cidades brasileiras, principalmente aquelas que possuem forte conteúdo crítico, criativo e emancipador.

Mesa 12: 20 Encontros Nacionais de Geógrafos: o papel da AGB na construção do pensamento geográfico brasileiro.
Ementa: A Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) tem reunido esforços ao longo dos seus 85 anos para construir espaços de diálogos e avanços para a construção da ciência geográfica. Os Encontros Nacionais de Geografas e Geógrafos (ENGs) têm cumprindo um papel importante nesse processo, pois são os espaços de reunião de pesquisadoras(es), professoras (es) e estudantes, numa relação dialética entre suas ideias, saberes e geografias. Na sua vigésima edição, a entidade propõe uma mesa para dialogar sobre a história destes encontros e, ao mesmo tempo, promover reflexões para o futuro. Assim, os objetivos sobre os caminhos e descaminhos que a AGB trilhou ao longo destes anos, dando ênfase aos últimos 20 Encontros Nacionais de Geografas e Geógrafos. Neste espaço, portanto, pretende-se dialogar sobre a história desta entidade através da práxis de suas atividades pretéritas.

Mesa 13: Políticas públicas e concentração regional da riqueza no Brasil: o que mudou recentemente?
Ementa: O território brasileiro é marcado, ao longo de sua história, por um processo aparentemente irrefreável de concentração geográfica e social da renda, dado o enorme poder das elites econômicas e políticas para manter a estrutura desigual de acumulação de capital. Desde o período colonial, a estrutura produtiva do território se formou a partir de circuitos de exportação, que favoreceram o surgimento de uma rede urbana e regiões econômicas bastante desiguais em seu dinamismo. Esta estrutura mantém, em diferentes escalas, cidades e regiões periféricas dialeticamente ligadas à áreas centrais mais ricas e poderosas economicamente. A presente mesa procura discutir como variou recentemente esta concentração social e espacial de renda, dando destaque para as mudanças recentes nas políticas públicas territoriais após o Golpe de 2016.
Mesa 14: Meandros geográficos: As morfologias físicas e os desafios ambientais.
Ementa: O objetivo da mesa consiste em trazer discussões capazes de abarcar os paradigmas da geografia física no contexto científico e político atuais, marcados pela intensa fragmentação das ciências e pelas consonantes formas predatórias de entender e mirar a natureza. Algumas perguntas carecem de respostas e suscitam o diálogo: quais caminhos e trajetórias a geografia física (brasileira) tem feito? Qual é a contribuição dessa ciência para enfrentar os desafios e conflitos ambientais cotidianos? Como se dá o embate e a resistência frente à exploração ambiental feita em demasia por multinacionais? Como se desenham e quais são as consequências socioambientais das emergentes relações coloniais nas quais o Brasil está imbricado? Inúmeras outras perguntas surgem e diversos meandros podem ser anunciados. Para além, cabe desvelar caminhos que mantenham o objeto geográfico próximo, uma vez que as morfologias físicas se destacam para a Geografia quando vistas em relação com a sociedade, elemento primordial perante os desafios ambientais latentes.

7. SEÇÕES LOCAIS QUE ESTÃO REALIZANDO ASSOCIAÇÕES

ABC
Alfenas
Araguaína
Baixo Amazonas
Belo Horizonte
Caicó
Campinas
Cidade de Goiás
Cuiabá
Dourados
Fortaleza
João Pessoa
Juiz de Fora
Macapá
Niterói
Porto Alegre
Presidente Prudente
Rio de Janeiro
São Paulo
Tefé
Três Lagoas
Vitória
Xingu Araguaia


São Paulo (SP), 10 de março de 2020.

Lista de manifestação de interesse para participar do evento XX Encontro Nacional Geógrafas e Geógrafos - ENG 2020 de e lista de interesse para ir no ônibus da UFMT



COMUNICADO IMPORTANTE: XX ENG E O CORONAVÍRUS

@eng2020.agb


COMUNICADO IMPORTANTE: XX ENG E O CORONAVÍRUS

Saudações AGBeanas,

Como sabem o Brasil passa pelo início da pandemia de Covid-19 (Corona Vírus). Até a presente data, em todo território nacional somam-se 372 casos já confirmados pelas secretarias de Saúde dos estados, mais de 2 mil aguardando confirmação e 5 mortes.

Ocorre que a cidade de São Paulo –que vai sediar o XX encontro Nacional de Geógrafas e Geógrafos, previsto para ocorrer entre 13 a 17 de julho na USP – é o epicentro da disseminação (156 casos e 3 mortes) do Covid-19 no país.
A situação é grave e merece que a encaremos com seriedade e responsabilidade. Para manter a segurança de todas/os estamos em constante contato com a USP e seguindo todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e demais órgãos responsáveis.

Como o encontro ocorrerá em Julho, as recomendações sobre a manutenção ou adiamento do XX ENG tem sido esperar para ver como a pandemia vai evoluir em nosso país. Destacamos, que em caso de adiamento, disponibilizaremos – para aqueles que não puderem participar na nova data – a opção de reembolso da inscrição.

Como primeira medida para não prejudicar as/os futuras/os encontristas, informamos que o prazo para a submissão de resumos para EDPs será adiado para o dia 03 de abril de 2020. Essa medida se justifica pois com as medidas de restrição de deslocamento, muitas seções locais não conseguiram fazer os plantões de associações (e renovações) de 2020.

Ressaltamos que o Encontro Nacional de Geógrafas/os é o maior encontro da Geografia brasileira e continuamos (DEN, Seções Locais e Comissões) nos empenhando na organização do XX ENG. Aproximem-se das Seções Locais, associem-se, inscrevam-se no evento, enviem trabalhos (EDPs), fiquem atentas/os aos prazos e acima de tudo, se cuidem.

Nos próximos dias retornaremos com novas informações.

Esperamos a compreensão de todas(os) e a ouvidoria (no site do ENG) está à disposição em caso de dúvidas. -- Atenciosamente,

Coletivo Diretoria Executiva Nacional
2019-2020

data: 18/03/2020

29 DE MAIO - DIA DO GEÓGRAFO


Saudações Agebeanas

No dia 31 de maio de 2019, sexta-feira, a Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Local Cuiabá, com o apoio do Departamento de Geografia do Instituto de Geografia, História e Documentação da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, realizará o evento: ‘VII AGB Debate: 29 de maio: Dia do Geógrafo’.
Em virtude da data comemorativa do Dia do Geógrafo, em 29 de maio, ocorrerão Mesas de discussão temáticas acerca de aspectos profissionais da Geografia, como a formação, pesquisa, atuação profissional e o ensino. Serão realizadas duas Mesas, uma no período matutino e outra no período noturno, respectivamente com os temas: ‘Atuação do Geógrafo no mercado de trabalho’ e ‘Geografia nas escolas: para que e para quem?’.
Os encontros relativos ao Dia do Geógrafo promovidos pela AGB SL Cuiabá ocorrem tradicionalmente a cada ano. O evento conta com a participação de um público formado por associados e colaboradores em geral da AGB SL Cuiabá, em sua maioria estudantes, professores e profissionais de Geografia, de diferentes níveis e esferas, e interessados nas temáticas discutidas.

A Mesa de discussão 'Atuação do Geógrafo no mercado de trabalho' tem como temas: 

Discutir a atuação técnica do profissional Geógrafo Bacharel; demandas de trabalho em instituições públicas e empresas privadas; técnica profissional do Geógrafo no mercado de trabalho; a Geografia na formação universitária do Bacharel em Geografia e na Pós-Graduação.

A Mesa de discussão 'Geografia nas escolas: para que e para quem?' tem como temas: 

Em resposta às mudanças e ataques que viemos sofrendo na decisões do Governo Federal para com a Educação, e aos encontros do Grupo de Trabalho em Educação da AGB SL Cuiabá realizados durante o ano de 2018, onde identificamos diversas problemáticas na realidade cuiabana, como desinteresse dos alunos, ausência das famílias, grandes dificuldades de leitura e escrita, uso de drogas, depressão, fome, baixos salários aos professores, muitas aulas, muitos alunos por sala, ausência de material didático e laboratórios, dificuldade de trabalho coletivo, dificuldade com alunos portadores de deficiência auditiva, visual e outras, falta de investimento nas aulas diversificadas, participação na Conferência Nacional de Educação (CONAE)/Fórum Nacional de Educação e em encontros estaduais e regionais. Considerando tais questões verificamos a necessidade de evidenciar a realidade escolar. Desta maneira fazemos alguns questionamentos: Queremos uma Reforma Educacional? Queremos uma Educação com base nas experiências sociais dos alunos ou em um conteúdo pré-programado e generalista? Queremos uma política educacional de Estado ou de Governo? Que tipo de Educação e de Ensino queremos para os nossos futuros atores sociais? É sob estas questões que trazemos o debate sobre os desafios de se lecionar Geografia e sobre as metodologias utilizadas em diferentes escalas de análise, institucionais e sociais dentro do contexto político e social em que vivemos.

Contamos com a presença de tod@s.